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Rio, cidade preferida dos Nordestinos

  • onordestino
  • 5 de set. de 2024
  • 2 min de leitura


O Rio de Janeiro sempre exerceu um fascínio sobre o Brasil. Desde 1753 quando se tornou Capital Federal,e até 1960 quando o Centro Administrativo- político se transferiu para Brasília, a Cidade pelo seu clima de Capital do país, ė a preferida dos Nordestinos e continua a sê- la nos dias atuais. E o Nordestino se adaptou muito bem à cidade, a ponto de dizer que o Rio ė bastante Nordestinizado. Basta dizer que a população de “ Severinos e Franciscas” ė calculada em aproximadamente 3,6 milhões. Em todos os ramos de atividades temos um representante do Nordeste, em edifício, padaria, construção civil, restaurante, e até mesmo em funções de profissões de nível superior, como,juizes, políticos, jornalistas, empresários, professores, Desembargadores, industriais, promotores de Justiça, defensores públicos e,etc. Todos dão sua parcela de contribuição, para o bem estar dos habitantes do Rio de Janeiro.


Antigamente, os Nordestinos, vinham para a cidade, de navio e levava até 9 dias de viagem até aqui. Depois de caminhões “ pau de arara “ e desembarcavam no Campo de São Cristóvão, isso na década de 1940. Nesse tipo de transporte, sem nenhum conforto, levava de 15 a 20 dias, para desembarcar em São Cristóvão, que na época se tornou a Rodoviária dos” pau de arara “,que ali trocavam correspondências com seus familiares, que ficaram no Nordeste e também traziam de lá, gêneros alimentícios e suas Tradições, como, a literatura de cordel, repentistas, xilógrafos e muito Forró, “ danado de bom” ,cantado por Luiz Gonzaga, Jakson do Pandeiro, João do Vale e muitos outros.


Um dos primeiros Nordestinos a trazer e comercializar produtos típicos do Nordeste, no Campo de São Cristóvão, foi João Gordo. Depois vieram outros, como seu Dorge Índio e Macaco. Para ler e escrever as cartas, daqueles que eram analfabetos ; surgiu o “ Gavião “ ,que se encarregava de fazer este serviço de leitura e confecção de cartas para a região Nordestina.


De tanto se aglomerarem no Campo de São Cristóvão; o local se tornou ponto de encontro deles. E desse movimento deu origem a Feira de São Cristóvão, o famoso Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas. Na década de 40 não existia o Pavilhão de São Cristóvão, que foi construído em 1950, para ser um Centro de Convenções. O que existia na localidade era um conjunto de arquibancadas de ferro.


Os “Conterrâneos“ vinham aos montes nesse transporte, que ficou conhecido como “ pau de arara “, que ganhou esse nome porque eram caminhões, cujo os bancos de madeira, de uma ponta a outra do caminhão, em sentido horizontal, não havia encosto, para encostar as costas. Um desconforto terrível. Mas eles vinham com garra, fé,e disposição para vencer e ter uma vida melhor na Cidade grande. Chegavam dispostos a tudo,porque às vezes, vida pior que a que tinham lá, era impossível.


O regime de latifúndio e a seca escaldante tornavam a vida deles um verdadeiro inferno.

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