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Caso Supervia: Comissão de transportes da Alerj quer a criação de grupo de intervenção e transição

“Nessa briga entre a SuperVia e o governo, só quem perde é o usuário”.


Essa é a afirmação do presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, deputado Dionísio Lins (Progressistas). Para ele, a SuperVia dizer que o governo do estado tem uma dívida com a empresa não é aceitável, já que a empresa não realizou os investimentos prometidos e firmados no acordo do aditivo que prorrogou a concessão até 2023.

- Desde 2019 que a empresa Gumi Brasil, controladora da SuperVia, alega perda de receita com os inúmeros roubos de cabos e congelamento de tarifas. Mas acredito que a falta de organização e de uma administração voltada para proporcionar o bem estar dos usuários, são os principais fatores para chegar onde chegamos. Só aumento no valor das passagens sem investimentos não irá chegar a lugar nenhum, já que essa situação vem se arrastando ao longo dos anos e quem acaba pagando o preço são os usuários e a população - explicou.

Diante de toda esse imbróglio, o parlamentar encaminha hoje para a mesa diretora, projeto de indicação legislativa pedindo que seja criado um grupo de intervenção e transição composto por representantes do Poder Executivo, do Legislativo, secretaria de Transportes, Agência Regulador, Ministério Público e de órgãos de defesa do consumidor para acompanhar essa transição.

- Essa grupo inclusive poderá acompanhar a reunião determinada pela justiça para o próximo dia 27, com o objetivo de que haja um acordo entre as partes. O que não dá mais é para os usuários ficarem reféns de um serviço ineficiente e pagando o preço da desorganização e sendo transportados como gados, em vagões sujos e escuros, principalmente aqueles dos ramais que atendem a Baixada Fluminense”, afirmou.

Dionísio lembra ainda que a SuperVia possui 204 trens que circulam em uma malha de 270 quilômetros, com parada em 104 estações ao longo de 12 municípios, e que já transportou mais de 1,1 milhão de passageiros por dia, hoje esse número não passa de 400 mil.

- Rezo para que tenhamos um desfecho satisfatório para que toda a população que utiliza esse meio de transporte, volte a ser tratada com dignidade - disse.

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